Mostrar mensagens com a etiqueta Porto. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Porto. Mostrar todas as mensagens

06/01/2012

Grupo Jáfumega



Jáfumega

O grupo Mini-Pop esteve na origem dos Jáfumega. Os Mini-Pop, quarteto de adolescentes onde pontificavam os irmãos Barreiros (Mário, Eugénio e Pedro), chegaram a fazer algum furor nos anos 70, em Portugal.(1)
Oriundos do Porto, os Mini-Pop gravaram alguns discos de sucesso como "Era Uma Casa Muito Engraçada". Os músicos do grupo foram adquirindo formação musical na área do Jazz e decidiram dar corpo a um novo projecto musical que baptizaram com o nome de Jáfumega.
Para isso, ao núcleo dos irmãos Barreiros juntaram-se o saxofonista José Nogueira e o baterista Álvaro Marques, para além do cantor Luís Portugal.
Em 1980 editam o seu primeiro trabalho, totalmente cantado em inglês e, singelamente intitulado "Estamos Aí". Neste trabalho já é possível ver algumas das pistas que irão ser exploradas em futuros trabalhos da banda.
As vocalizações são repartidas entre a voz aguda de Luís Portugal e a voz grave de Eugénio Barreiros. O tema mais conhecido deste disco, gravado com poucos recursos e com uma prensagem deficiente, é "There You Are", que chegou a ter algum "airplay" no programa "Rock em Stock", de boa memória.
Em pleno Boom do Rock português o grupo decide cantar em português e obtém um estrondoso sucesso com o single "Dá-me Lume", que contém o reggae "Ribeira", no lado 2. Este tema, cujo refrão andava na boca de toda a gente ("A ponte é uma passagem, p'rá outra margem..."), transforma os Jáfumega num dos grupos mais solicitados para concertos em todo o país.
Não é por isso de estranhar que, em Janeiro de 1982, o grupo se apresente ao vivo na cidade da Guarda, onde proporcionou um espectáculo inesquecível, não só pela qualidade da sua música, mas porque Luís Portugal estava doente e não pode estar presente. Eugénio Barreiros substituiu-o nas vozes e ouvir a "Ribeira" na voz potente de Eugénio fica na memória.
Pouco tendo a ver com o Rock português os Jáfumega tinham no seu line up alguns dos melhores músicos portugueses, disso não havia dúvidas.
O regresso da banda dá-se com o LP "Jáfumega" que inclui "Latin'américa" e "Kasbah". Extremamente bem produzido e bem tocado, o álbum é muito bem recebido pela crítica e pelo público.(2)
Em 1983 o grupo edita o seu último trabalho de título "Recados", subdividido em "Recados da Cidade" e "Recados do Campo". Temas como "Romaria" ou "La Dolce Vita" revelam-se sucessos na rádio, mas não trazem ao grupo grandes proveitos comerciais, pelo que a banda se dissolve em 1984.


Cada músico seguirá caminhos diferentes: Pedro Barreiros dedica-se ao Jazz, como baterista ; Nogueira junta-se a António Pinho Vargas, no seu Quinteto; Mário toca com Rui Veloso e faz parte de uma formação dos Bandemónio de Pedro Abrunhosa, antes de seguir uma carreira como produtor de sucesso. De Eugénio Barreiros e Álvaro Marques nunca mais se ouviu falar. Luís Portugal tem p-rosseguido numa carreira a solo, com altos e baixos.
Recordados com grande saudade por todos aqueles que os viram e os ouviram, os Jáfumega, dignos representantes da boa música portuguesa, são hoje colocados na galeria dos clássicos...
(ARISTIDES DUARTE in "NOVA GUARDA")


Curiosamente, os Jáfu'mega não começaram por gravar em português. A primeira edição da banda foi em inglês, mas a grande notoriedade junto do público só se conseguiu um pouco depois, na Primavera de 1981, com "Ribeira", uma canção inspirada pela zona ribeirinha do Porto que fez um sucesso estrondoso na rádio. Mas, os Jáfu'mega tiveram a particularidade de já serem bem conhecidos mesmo antes da primeira edição em vinil, "Estamos Aí", em 1980. Tinham um público fiel, conquistado nos concertos ao vivo, desde há alguns anos. "Fazíamos para aí uns 100 mil quilómetros por ano, já tínhamos concertos em Espanha, mesmo antes de sequer termos editado qualquer disco", aponta o ex-baterista Álvaro Marques.
Os Jáfu'mega duraram seis anos, durante os quais editaram três álbuns e um single, todos de reconhecida qualidade e maturidade musical. A banda dissolveu-se, porém, num momento em que tinham praticamente todo o material pronto para gravar um novo álbum. "A questão essencial é que [depois da edição de "Recados", em 1983] já tinha passado o 'boom' e toda aquela euforia das editoras. Já não queriam gravar tudo o que lhes era proposto e começaram a surgir exigências de comercialismos fáceis e imediatos com que nunca tínhamos pactuado e com os quais não iríamos passar a compactuar", afirma José Nogueira.
Mário Barreiros explica também que a "suspensão" dos Jáfu'mega se deveu ao facto de "começar a tornar-se difícil juntar todos para os ensaios": "Já andávamos a ensaiar por sectores e cada um começava a seguir rumos muito diferentes, até musicalmente. Chegou um momento em que a situação se tornou óbvia". Outro dos irmãos Barreiros, Pedro, recorda que os Jáfu'mega "nunca foram um grupo temerário": "a banda sempre viveu muito dos ensaios, do trabalho conjunto e era só nesse sentido que os Jáfu'mega faziam sentido". Eugénio Barreiros vai ainda mais longe: "Os Jáfu'mega eram aqueles seis músicos, juntos, naquela altura. Foi apenas um episódio na longuíssima história musical de qualquer um de nós". Todos parecem partilhar este entendimento, parecendo quase impossível alguma vez se vir a assistir a uma reunião dos Jáfu'mega. "Só se for para um concerto pela paz" brinca Eugénio Barreiros. Como afirma José Nogueira, "nenhum deixou de ser músico, nenhum parou, não ficou nenhum fio solto no qual pegar outra vez, não ficou nada lá solto para se pegar agora".
(DULCE FURTADO in "PÚBLICA" 14/11/1999)

(1) Durante 10 anos gravaram 7 singles e participaram em cerca de 300 espectáculos.
(2) Algumas das letras do disco tem a assinatura de Carlos Tê. Nesse ano, o grupo participou no festival Vilar de Mouros.

Naquela época, fizemos tudo o que era possível fazer. E, em minha opinião, deixámos coisas intemporais. Por outro lado, o mercado não tinha a abertura que tem hoje e os membros do grupo, excelentes músicos e executantes, sentiam a necessidade de experimentar coisas diferentes. Assim, optámos por uma pausa temporária mas, infelizmente, a paragem foi fatal.
(Luís Portugal in "Clix Porto 2001")

Luís Portugal, cinco anos depois do fim do grupo não resistiu ao apelo do coração e regressou às lides musicais, fazendo parte do Sexteto de Carlos Araújo, projecto de curta duração que deu lugar ao grupo Luís e os Vandidos. Após alguns estudos de marketing, chega à conclusão que o nome de Luís Portugal resultava melhor em termos comerciais, pelo que o disco "Coisas simples", editado em 1992, "um trabalho um pouco naif e ingénuo", surgiu em nome próprio. Um disco que, sendo pouco linear, tinha o condão de misturar rock com música tradicional portuguesa. Seguiu-se "Alta vai a lua", em 95, onde faz uma recolha de música tradicional, canta temas de Natal e dos Reis e experimenta uma nova vertente para a sua música. Lançou um disco ao vivo onde dá voz a temas intemporais da banda que lhe deu maior visibilidade, como "Ribeira", "Latin'America" ou "Nó cego". "Ainda bem que fui eu a dar voz a esses temas. Regozijo-me com isso, mas não nego que me distanciei do que fazia naquela altura".
(J. M. Simões in "JN")

Mário Barreiros além de tocar com o seu Sexteto de jazz é um dos mais conceituados produtores da actualidade (Pedro Abrunhosa, Clã, Ornatos Violeta, Silence 4, Santos & Pecadores..). É o proprietário dos Estúdios MB, situados em Canelas.
Álvaro Marques trocou os pratos e as baquetas pela vida de empresário e tomou por rumo a profissão de engenheiro.
Eugénio Barreiros abraçou o ensino e é na Escola de Jazz do Porto que lecciona piano e expressão em canto, para além de ir aqui e além fazendo música para genéricos e projectos de dança.
Pedro vai dando "uns toques num hotel, com um pessoal amigo", dá aulas de baixo, e trabalha numa loja de instrumentos musicais do Porto.
José Nogueira O saxofonista que vinha do jazz antes de integrar os Já Fumega, regressou ao jazz. Tornou-se cúmplice por excelência do pianista António Pinho Vargas, quer como músico quer como produtor. Não se desligou da loja de instrumentos musicais, negócio de família antigo, e desempenha desde há alguns anos as funções de consultor da Fundação de Serralves na área do jazz.
(in Pública/99)

Breve História da Cidade do Porto
Oporto short History


PORTUGUÊS
A área ocupada hoje pelo Porto foi cenário da vida humana desde o Paleolítico superior. Não existe ainda consenso onde surgiu o núcleo da antiga cidade inserindo-se aqui o problema da discussão de Cale e Portucale. Cale (Calem) aparece no Itinerário de Antonino ( séc. II. d.C. ). Para Sousa Machado, Cale será apenas o ponto de passagem entre as duas margens do Douro e terá o sentido de abrigo, isto é, de porto. A Cale os romanos juntaram portus ( Portuscale, Portucale), segundo o mesmo autor, Cale, como povoação arcaica pré-romana não terá existido. Mendes Correia,  situa Cale no morro do Corpo da Guarda, na área mais tarde designada Cividade,  como local de povoamento pré romano que precede o Porto. Perto, o morro de Pena Ventosa, onde se levanta a Sé, teria segundo este autor,  igualmente uma ascendência pré-romana.  Portucale ficaria ainda junto do Douro na zona ribeirinha. Existindo ainda outras opiniões, parece ser consenso admitir a importância do morro de Pena Ventosa na origem da cidade no período pré-romano, na romanização e posteriormente, ( tese mais tradicional ). Imensas descobertas arqueológicas permitem atribuir relevo especial ao morro de Pena Ventosa. Aí, certamente o lugar da antiga Cale e, por isso, a origem do Porto. A confirmar estará a origem da própria palavra, à qual têm  sido atribuídos muitos sentidos, mas que no seu étimo ( Cal, Kal ) significa pedra, rocha, lugar elevado e rochoso, Portuscale   ( do nome romano Portus + Cale), Portucale era de principio o Porto de Cale, que ficava naturalmente, junto do Douro , na foz do rio de Vila. Alguns séculos mais tarde, ( documentalmente desde o 1º quartel do séc. XII, mas na prática já antes ) a cidade passou a designar-se por Portus, Porto com o 1º elemento do nome, caindo a parte final.
De verdade histórica indiscutível, é a existência de dois muros defensivos no Porto, ambos medievais: A muralha dita sueva ( cerca velha ) e a muralha  fernandina  ( cerca nova ), das quais existem ainda hoje vestígios. Situam-se nos mais recuados séculos da idade média a época em que se ergueu a primeira muralha em volta da cidade no modesto povoado castrense  no alto do morro da Pena Ventosa. Atribui-se aos Reis Suevos, a construção dessa primitiva cerca e terá sido sobre os alicerces dessa fortificação sueva , arrasada pelo chefe mouro Almançor em 825 , que o Gascão Moninho Viegas, ( trisavô de Egas Moniz ), ajudado pelos cristãos,   no tempo da Reconquista, mandaria reconstruir os muros do burgo .  Na acção da reconquista  do território aos mouros, conhecida como Presúria do Porto, ( no ano de 868 ), foi importante o papel do Conde de Vimara  Peres, considerado pelos historiadores o " restaurador da cidade de Portucale e fundador da terra portucalense", recordado desde 1968, na estátua equestre erguida junto á catedral portucalense.  Designada também  "Castelo do Porto" em muitos documentos antigos, a cerca velha, data pois, da Alta Idade Média e existia ainda em 1120, aquando da doação do Burgo Portucalense ao Bispo D. Hugo. De facto, no documento de doação de D. Teresa, referem-se territórios "extra muros", que integravam, para além do Castelo propriamente dito, o couto  doado ao primeiro bispo da diocese definitivamente restaurada. Esta cerca primitiva, erguia-se no morro da Pena Ventosa, á volta da Sé e de algumas construções que formavam o núcleo do primeiro burgo portucalense.
No  tempo de D. Afonso Henriques foi o Bispo D. Pedro Pitões que recebeu junto á Sé os cruzados nórdicos que , em 1147, entraram na barra do Douro, convencendo-os a auxiliarem o Rei Português na conquista de Lisboa.
Fonte: Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura da Verbo e Comércio do Porto (Porto Património Mundial.)



ENGLISH
The area now occupied by Port witnessed human life from the Upper Paleolithic. There is also consensus which emerged at the heart of the ancient city is about entering the discussion of the problem and shut Portucale. Cale (Calem) appears in the Itinerary of Antoninus (séc. II. AD). For Sousa Machado, Cale is the only point of passage between the two banks of the Douro and have a sense of shelter, ie port. The Romans joined Portus Cale (Portuscale, Portucale), by the same author, Cale, as archaic pre-Roman settlement will not have existed. Mendes Correia, located on the hillside of Cale's Body Guard in the area later designated Cividade, as a place of settlement before the Roman pre Porto. Near the hill of Pena Ventosa, which raises the Cathedral, had by this author, also a pre-Roman descent. Portucale would also close in the Douro waterfront. There are other views, seems to be consensus to admit the importance of the Pena Ventosa hill behind the town in pre-Roman in romanization and then (more traditional view). Many archaeological discoveries allow special emphasis to the Pena Ventosa hill. There certainly shut the place of the former and therefore the origin of Porto. The confirmation is the origin of the word itself, which have been attributed many meanings but in its etymon (Cal, Kal) means stone, rock, high and rocky place, Portuscale (the Roman name Portus Cale +), was Portucale beginning the Port of Cale, who was of course, with the Douro at the mouth of the river to Vila. Some centuries later, (documented since the 1st quarter of century. XII, but in practice even before) the city has become a Porto, Porto with the 1st part of the name, dropping the final.
Of indisputable historical truth is the existence of two defensive walls in the port, both medieval: The wall itself sueva (some old) and Fernandina wall (some new), of which there are still traces. They are indented in the most centuries in the average age at the time that the first wall was erected around the city in modest village castrense on top of the Pena Ventosa hill. Attaches to the Kings Suevos, the construction of some primitive and have been on the foundations of this fortress sueva, devastated by the head Almançor Moor in 825, the Gascon Moninho Viegas, (trisavô of Egas Moniz), helped by Christians at the time of Reconquista, send rebuild the walls of the village. The action of the reconquest of territory from the Moors, known as Presúria of Porto, (in the year 868), it was important the role of the Count of Vimara Peres, considered by historians the "restorer of the city of Portucale and founder of Portucalense land," recalled since 1968, the equestrian statue erected next to the cathedral Portucalense. Also called "Castle of Porto" in many old documents, some old data because of the High Middle Ages and still existed in 1120, when the gift of the Bishop D. Burgo Portucalense Hugo. Indeed, the document of gift of D. Teresa, refer to territories "extra muros" which includes, in addition to the Castle itself, the Couto donated the first bishop of the diocese finally restored. This almost primitive, stood at the hill of Pena Ventosa, around the Cathedral and some buildings that formed the core of the first village Portucalense.
At the time of D. Afonso Henriques was the Bishop D. Pedro Pitões who received the cross next to the Cathedral Nordic that in 1147, entered the bar of the Douro, persuading them to assist the King in the Portuguese conquest of Lisbon.
Source: Encyclopedia of Luso-Brazilian Culture and Commerce of the Word of Porto (Porto World Heritage.)
RUI VELOSO * Porto Sentido



Nascido em Lisboa, mas criado desde os três meses de idade no Porto, é filho do engenheiro Aureliano Capelo Veloso, ex-presidente da Câmara Municipal do Porto. É igualmente sobrinho paterno do General Pires Veloso, ex-governador de São Tomé e Príncipe.
Cantor, compositor e guitarrista, começou a tocar harmónica aos seis anos. Mais tarde deixar-se-ia influenciar por B.B. King e Eric Clapton, e lançou, com vinte e três anos, o álbum que o projectou no panorama da música nacional, Ar de Rock. Dele fazia parte a faixa Chico Fininho, um dos maiores sucessos da obra de Rui Veloso e de Carlos Tê, seu letrista.
Entre os seus restantes sucessos fazem parte Porto Sentido, Não Há Estrelas No Céu, Sei de Uma Camponesa, A Paixão (Segundo Nicolau da Viola) e Porto Covo.
Na década de 1990 integrou o Rio Grande, formado por Tim, João Gil, Jorge Palma e Vitorino, num estilo de música popular com influências alentejanas que alcançou uma considerável popularidade. Dessa experiência resultariam dois discos, um de originais em 1996, outro ao vivo, em 1998.
Em 2000 lançou a compilação O Melhor de Rui Veloso - 20 anos depois, seguindo-se um disco de tributo dedicado ao seu álbum de estreia: 20 anos depois - Ar de Rock.
Em 2003, a mesma formação dos Rio Grande, mas sem Vitorino, voltou a juntar-se no projecto Cabeças no Ar, dedicado a canções nostálgicas que remontam aos tempos da escola, entre elas O Primeiro Beijo.
Regressou aos discos de originais, em 2005, com A Espuma das Canções. Em 2 de Junho de 2006 actuou no Rock in Rio em Lisboa, precedendo os concertos de Carlos Santana e de Roger Waters. No mesmo ano comemorou vinte e cinco anos de carreira, ocasião brindada com três concertos, dois no Coliseu do Porto e um no Pavilhão Atlântico. Em 2008 colaborou com a banda Per7ume no tema Intervalo, que foi um record de vendas nacional. Em 2009 lançou o álbum Rui Veloso ao Vivo no Pavilhão Atlântico. No ano de 2010, o Rui Veloso, conhecido como "Pai do Rock Português" comemorou 30 anos de carreira com concertos no Coliseu de Lisboa e no Coliseu do Porto, esgotando ambos.
Como empresário abriu o seu próprio estúdio, o Estúdio de Vale de Lobos, situado em Vale de Lobos, perto de Belas, e fundou também a editora Maria Records, que acabou por fechar.
Rui Veloso recebeu a Grã-Cruz da Ordem do Infante, atribuído pelo Presidente Mário Soares.



Dezembro 1909 / Cheia no Rio Douro